segunda-feira, 4 de maio de 2009

"Era noite. Da sacada do prédio observava poeticamente as luzes faiscantesda cidadezinha. O vento uivava tão imperioso que por alguns instantes imaginei-me flutuando em seu colo. O som de um violino chorando penosamente despertou-me a atenção. Percebi que ele vinha da sala e curiosamente caminhei em sua direção. Uma mesa para dois estava posta com delicados lustres, a sala pequena, o som delirante. A música era fascinação.Desconcertei-me, mas logo em seguida permiti-me embalar na magia secreta e doce da música, da paixão e do desejo. Desejava tanta coisa. Coisas loucas. Queria ao som daquele violino tirar a roupa e fazer amor com ele ali mesmo, no sofá. Um desejo. Uma lânguida excitação. Mas fiquei ali, deitada em seu ombro largo, ouvindo a música que saia das cordas de um corpo feminino e pequeno... inesquecível experiência."